O Clube dos Anjos. Comer: viver ou morrer?
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Provocativo e divertido, o romance O Clube dos Anjos de Luis Fernando Verissimo nos apresenta um intrigante protagonista: o escritor Daniel. O narrador constrói uma teia ficcional que leva o leitor a pensar/indagar a fronteira entre a ficção e a realidade e, também, a delicada proporção e o limite de coisas que nos dão prazer, como a alimentação e o sexo, conduzindo suas personagens por uma linha tênue entre liberdade, prazer, vida e morte. Tendo em conta a afirmação de Durand, é a imaginação simbólica que “através de todas as estruturas do projeto imaginário tenta melhorar a situação do homem no mundo” (Durand, 1998); e esta situação precisa ser constantemente observada e questionada, pelo escritor para que adquira movimento e possa ser alterada. Assim, pretendemos neste trabalho observar como o ato de criar, em seus mistérios, se une à evocação dos mitos — Apolo e, principalmente, Dionísio — acrescentando na trama do romance toda uma gama de sugestão imagética que se desdobra para além do discurso registrado, mas que reside, além das alusões diretas do texto, em entrelinhas sugestivas, e na convocação à constelação do imaginário coletivo que percorre o mundo grego e o mundo judaico-cristão.
Downloads
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Referências
Bataille, G. (2014). O erotismo (F. Scheibe, Trad.). Autêntica Editora.
Brunel, P. (1997). Dicionário de mitos literários (C. Sussekind, Trad.). UNB/José Olympio.
Chevalier, J., & Gheerbrant, A. (2009). Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores e números (V. da Costa e Silva, Trad.). José Olympio.
Durand, G. (1998). A imaginação simbólica (L. Fitipaldi, Trad.). Cultrix, Editora da Universidade de São Paulo.
Durand, G. (s.d.). As estruturas antropológicas do imaginário. Editorial Presença.
Durand, G. (s.d.). Mito, símbolo e mitodologia. Editorial Presença.
Nietzsche, F. (2011). O nascimento da tragédia (A. C. Braga, Trad.). Escala.