Código de Ética
A credibilidade e o sucesso de um periódico científico dependem, em muito, do sistema de avaliação prévia, contribuindo decisivamente para a captação de bons autores e uma melhor qualidade do conhecimento a disseminar. No caso da RAE, o procedimento de avaliação é assegurado pelo processo designado por arbitragem científica ou por revisão pelos pares, de forma a garantir a transparência deste processo e gerar uma relação de confiança entre os editores e os autores. A RAE tem um compromisso exclusivo com o conhecimento, sendo independente da política e da economia. O estatuto editorial define apenas o âmbito e campo de atuação da revista, mas a RAE é uma publicação descomprometida e aberta a inovar relativamente a paradigmas científicos instituídos.
Este código define um conjunto de princípios e orientações de conduta ética adotados pela RAE. As Melhores Práticas são ambiciosas e desenvolvem-se em resposta aos problemas de natureza ética. A RAE inspira este código nas orientações estabelecidas pelo Commitee on Publication Ethics COPE; Declaration of Helsinki WMA; International Committee of Medical Journal Editors ICMJE; Animal Research: Reporting of In Vivo Experiments ARRIVE. Nesse código definem-se as responsabilidades de todas as partes envolvidas no ato de publicação da RAE.
DEVERES E RESPONSABILIDADES
1. Valores éticos e morais que norteiam a RAE – Revista de Ativos de Engenharia
1.1. A revista RAE e a Ponteditora são responsáveis pela implementação do Código de Ética e boas práticas em relação a todos os manuscritos recebidos e material publicado na revista. Isto significa que o Conselho Científico (CC) da revista RAE deve:
- apoiar a liberdade de expressão;
- procurar atender às necessidades dos/as leitores/as e autores/as;
- adotar procedimentos que garantam a qualidade do material publicado;
- disponibilizar-se a publicar correções, esclarecimentos, e se desculpar, quando justificável.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- incentivar e estar ciente da pesquisa em revisão por pares e publicar e reavaliar os processos da revista à luz de novas orientações;
- auscultar ativamente as opiniões de autores, leitores, revisores e membros da CC sobre formas de aperfeiçoar os procedimentos editoriais da revista;
- apoiar iniciativas de formação no âmbito da conduta e ética da investigação e da publicação;
- avaliar os efeitos das políticas da revista no comportamento dos autores e revisores e revê-las, sempre que necessário, incentivando um comportamento responsável e desencorajador de condutas impróprias.
2. Relação da revista RAE com os leitores
2.1. A revista RAE deve informar acerca das fontes de financiamento da investigação dos trabalhos publicados.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- assegurar que todas as publicações são revistas por revisores qualificados;
- estabelecer processos que incentivem o rigor, a integridade e a clareza da investigação;
- adotar critérios de atribuição de autoria que promovam boas práticas, ou seja, tornar bem claro quem fez o trabalho, desencorajando a má conduta (exemplo: autores-fantasma);
- informar acerca das medidas tomadas para garantir que as submissões de trabalhos propostos por membros da revista ou do CC são avaliadas de forma objetiva e imparcial.
3. Relação da revista RAE com os autores
3.1. As decisões da revista RAE relativamente à aprovação/rejeição de um manuscrito para publicação são baseadas na importância do trabalho de investigação, na sua originalidade e clareza e na validade do estudo, bem como a sua pertinência para a revista;
3.2. O Conselho Científico (CC) da revista RAE não inverte as decisões de aprovação de submissões, a menos que ocorra algum tipo de problema grave com a submissão;
3.3. A menos que sejam identificados problemas sérios, o CC não deve anular decisões de publicação realizadas pelo Editor-Chefe;
3.4. Está disponível uma descrição do processo de revisão por pares e a revista RAE justifica qualquer desvio importante que ocorra no processo;
3.5. É permitido ao(s) autor(es) recorrer(em) de um parecer desfavorável à publicação para o Editor-Chefe ou para a gerência, apresentando os argumentos. Para garantir a equidade e justiça, estão previstas auditorias internas aos relatórios dos revisores, independentemente da existência, ou não, de recursos. Neste âmbito, podem ser solicitados esclarecimentos adicionais aos revisores, mesmo em decisões favoráveis;
3.6. Os autores podem, se assim entenderem, saber quem foram os revisores do seu trabalho. Na sequência, podem aferir a competência dos revisores e, uma eventual, existência de conflitos de interesse suscetíveis de condicionar a avaliação;
3.7. A revista RAE publica orientações para autores sobre todos os aspetos a que estes devem atender.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- rever regularmente as instruções para os autores;
- publicar conflitos de interesse relevantes para todos os autores e publicar correções se os conflitos de interesse forem identificados após a publicação;
- garantir que os revisores são escolhidos em função da formação académica, experiência e competência profissional, que demonstrem, no seu conjunto, aptidões para reverem os manuscritos submetidos;
- respeitar os pedidos dos autores sobre as pessoas que não devem rever a sua submissão, se estes forem bem fundamentados e praticáveis;
- divulgar informações sobre como a revista lida com casos suspeitos de má conduta;
- publicar as datas de submissão e aprovação dos manuscritos.
4. Relação da revista RAE com os revisores
4.1. Exige-se aos revisores uma apreciação minuciosa de todos os manuscritos e livre de qualquer preconceito. O formulário de revisão deve evidenciar os aspetos que fundamentam a decisão, devendo no caso de parecer desfavorável à publicação do manuscrito, rejeição, realçar as debilidades do texto e sugerir formas de colmatá-las em submissões futuras;
4.2. A revista RAE fornece orientações para os revisores sobre o que se espera deles, incluindo a necessidade de lidar confidencialmente com o material submetido;
4.3. A revista RAE solicita aos revisores que indiquem potenciais conflitos de interesse, antes de ser estabelecido o acordo para a revisão de um artigo. Não obstante uma seleção prévia dos revisores, estes podem sempre declinar o convite à avaliação do manuscrito, caso se sintam, por alguma razão, inabilitados a reverem o texto;
4.4. A revista RAE possui sistemas de garantia de proteção de identidade dos revisores.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- incentivar comentários sobre a originalidade das submissões e a terem em atenção a publicação redundante e o plágio;
- encorajar comentários sobre questões éticas e más condutas de pesquisa e publicação que surgem nas submissões;
- enviar os comentários dos revisores aos autores, a menos que contenham observações ofensivas ou infundadas;
- reconhecer publicamente a contribuição dos revisores para a revista;
- monitorizar o desempenho da revisão por pares e tomar medidas para garantir o seu elevado padrão e procurar obter dos seus revisores um compromisso com o cumprimento dos prazos de revisão;
- desenvolver e manter uma base de dados de revisores adequados e atualizá-la com base no seu desempenho. Anualmente, a RAEanalisa os prazos médios de revisão.
- assegurar que a base de dados dos revisores reflete o perfil da revista e, sempre que necessário, adicionar novos membros;
- utilizar uma vasta gama de fontes para identificar potenciais novos revisores.
- as revisões devem contribuir para o aumento da qualidade das publicações, auxiliando a diferenciar qualitativamente a RAE;
5. Relação da revista RAEcom os membros do Conselho Científico (CC)
5.1. A revista RAE fornece aos novos membros do CC diretrizes sobre as suas funções e deve manter atualizadas novas políticas e desenvolvimentos da revisão.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- manter políticas e procedimentos que garantam imparcialidade para lidar com submissões;
- identificar pessoas para o CC devidamente qualificadas que possam contribuir ativamente para o desenvolvimento da revista;
- rever regularmente a composição do CC;
- consultas periódicas aos membros do CC sobre o funcionamento da revista, informando-os de quaisquer mudanças na política editorial e identificando desafios futuros;
- fornecer orientação aos membros do CC sobre as suas funções e deveres, que pode incluir:
- apoio e promoção da revista;
- procura de bons trabalhos (por ex., a partir de resumos de encontros científicos);
- revisão das submissões para a revista;
- aprovação de solicitações para redigir editoriais, revisões e comentários sobre artigos da sua área de especialização;
- participação e contribuição para as reuniões do CC.
6. A relação da revista RAEcom a Ponteditora, enquanto entidade proprietária da Revista
6.1. A relação do CC da revista RAE com a Ponteditora baseia-se no princípio da independência editorial;
6.2. O Editor-Chefe decide quais os manuscritos a publicar com base na sua qualidade e adequação à revista, sem interferência da Ponteditora e dos seus responsáveis;
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- estabelecer mecanismos para lidar com discordâncias entre o CC e a Ponteditora;
- comunicar regularmente com a Ponteditora, informando sobre os resultados da revista, sucessos e questões.
7. Processos editoriais e de dupla revisão por pares
O objetivo da avaliação é ajudar os autores a melhorar a qualidade dos seus trabalhos, fornecendo avaliações construtivas e em tempo razoável, preparadas por académicos experientes. A RAE considera o processo de avaliação como uma etapa fundamental para o aperfeiçoamento dos artigos. Por esse motivo, os revisores da RAE são incentivados a apresentar, além do parecer quanto à publicação, sugestões de melhoria quanto ao conteúdo e à forma do texto.
O processo de avaliação de artigos submetidos à RAE consta de duas etapas. A primeira, uma avaliação preliminar do Editor-Chefe, examina a adequação do trabalho à linha editorial do periódico e faz a avaliação preliminar (desk review). A segunda, a avaliação propriamente dita, consiste no sistema de avaliação cega por pares (double blind review), ou por pares aberta a ser realizada por dois revisores ad hoc.
7.1. A revista RAE esforça-se por assegurar que a dupla revisão anónima por pares ou por pares aberta seja justa, imparcial e oportuna;
7.2. A revista RAE dispõe de sistemas para assegurar que o material enviado permaneça confidencial enquanto estiver em revisão.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- fomentar a formação adequada às pessoas envolvidas no processo editorial (inclusive elas mesmas) e assegurar que estas estão devidamente informadas acerca das últimas diretrizes e recomendações relativas à revisão anónima por pares ou por pares aberta e à gestão de periódicos;
- manter-se informada sobre os processos de revisão por pares e os seus avanços tecnológicos;
- adotar os métodos de dupla revisão anónima por pares ou por pares aberta mais adequados para a revista e para a comunidade científica e académica;
- rever periodicamente as práticas de revisão por pares de forma a melhorá-las.
8. Garantia de qualidade
8.1. O CC da revista RAE toma todas as medidas razoáveis para garantir a qualidade do material que publica.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- determinar procedimentos e sistemas para a deteção de dados falsificados (por ex., plágio). A revisão considera, primordialmente, a qualidade científica do texto, com foco nos seguintes aspetos:
- Atualidade do tema;
- Originalidade do trabalho;
- Relevância e consistência teórica do texto para o desenvolvimento da área de conhecimento;
- Qualidade do referencial teórico utilizado;
- Qualidade de redação e organização do texto;
- Contribuição do trabalho para o conhecimento administrativo e/ou para ação administrativa em organizações;
- Metodologia utilizada: propriedade, qualidade, nível de sofisticação;
- Qualidade da análise e discussão dos dados (se for o caso);
- Conclusões: consecução, fundamento e coerência.
- basear as decisões acerca das normas de estilo da revista em evidências relevantes para aumentar a qualidade da comunicação (por ex., adotando resumos estruturados), e não simplesmente em fundamentos estéticos ou preferências pessoais.
9. Proteção de dados individuais
9.1. A revista RAE garante a confidencialidade das informações individuais obtidas no curso das interações de investigação.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- divulgar a sua política de publicação de dados individuais (por exemplo, detalhes pessoais ou imagens identificáveis) e, sempre que necessário, explicando-a claramente aos autores.
10. Incentivar a ética na investigação
10.1. A revista RAE procura garantir que a investigação publicada seja realizada de acordo com as diretrizes internacionalmente aceites (COPE; WMA; ICMJE; ARRIVE);
10.2. Aos autores é imposto que cumpram com as melhores práticas éticas em investigação e nas publicações. A revista RAEpromove as Boas Práticas em conformidade com as normas internacionais da COPE para autores; Para mais detalhes sugere-se que os autores consultem as normas para autores;
10.3 Os autores devem declarar todos os interesses financeiros ou não financeiros ou pessoais relevantes para consideração durante a submissão do manuscrito. O autor pode usar o formulário disponibilizado pelo ICMJE para facilitar e padronizar as divulgações dos autores. Após o preenchimento, a mesma deverá ser submetida juntamente com o manuscrito. Se o manuscrito for publicado, esta informação será comunicada numa declaração no artigo publicado. Para mais detalhes sugere-se que os autores consultem as normas para autores,
10.4 Os revisores devem declarar qualquer potencial conflito de interesses durante o envio do seu relatório de revisão. Devem informar o editor quando forem solicitadas as revisões e, se necessário, desqualificarem-se para o envolvimento na avaliação do manuscrito. Para mais detalhes, sugere-se que os autores consultem as normas para autores;
10.5 Os editores que tiverem conflitos de interesse ou relacionamentos que representem potenciais conflitos relacionados com os artigos em consideração devem abster-se de decisões editoriais e repassar a outro colega. Para mais detalhes, sugere-se que os autores consultem as normas para autores;
10.6. A revista RAE procura garantias de que toda a investigação foi aprovada por um órgão apropriado, sempre que tal seja pertinente e este exista. No entanto, a revista RAE reconhece que tal aprovação não garante que a investigação seja ética.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- solicitar evidências de aprovação ética da investigação e questionar os autores acerca de aspetos éticos no caso de serem levantadas preocupações ou sejam necessários esclarecimentos. Para mais detalhes deverão ser consultadas as normas para autores.
11. Assegurar a integridade do registo académico
11.1. Erros e declarações imprecisas ou enganosas são prontamente corrigidas.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- assegurar que os textos publicados são arquivados de forma segura (por ex., através de repositórios permanentes online);
- possuir um sistema ativo para dar aos autores a oportunidade de disponibilização gratuita dos textos originais.
12. Incentivar o debate
12.1. A revista RAE encoraja e está disposta a considerar críticas convincentes ao trabalho publicado;
12.2. Os autores do material criticado têm a oportunidade de responder;
12.3. Os estudos que relatam resultados negativos não são excluídos.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
- abertura a investigação que desafie trabalhos já publicados na revista;
- responder prontamente a reclamações.
13. Retratação de Artigos
A RAE valoriza a integridade da pesquisa e se esforça para manter padrões elevados de conduta ética e qualidade em todas as suas publicações. Reconhecemos que, nalgumas circunstâncias, pode ser necessário reconsiderar a publicação de um artigo previamente aceite e publicado. A retratação de um artigo é uma medida séria e é tratada com extrema diligência para manter a integridade da literatura científica.
13.1. Circunstâncias para Retratação:
A retratação de um artigo pode ser considerada em situações que incluem, mas não estão limitadas a, erro substancial, plágio, manipulação de dados, violação de ética de pesquisa ou outras irregularidades graves que comprometam a validade e confiabilidade do artigo.
13.2. Procedimento de Retratação:
Quando uma solicitação de retratação é recebida ou quando se identificam problemas graves num artigo publicado, a RAE realizará uma avaliação cuidadosa da situação. Isso envolverá a análise das evidências apresentadas, consulta com especialistas relevantes e consideração das políticas e diretrizes estabelecidas pelo Comité de Ética em Publicações (COPE) e outras organizações relevantes.
13.3. Processo Transparente:
A decisão de retratar um artigo é comunicada de maneira transparente a todos os envolvidos, incluindo os/as autores/as do artigo, revisores/as, membros do Conselho Científico e leitores/as. A razão específica para a retratação será detalhadamente explicada, e todas as partes interessadas serão informadas sobre os passos tomados para garantir a correção e a transparência do processo.
13.4. Correções e Retificações:
Nalguns casos, erros menores ou problemas que não comprometem a validade global do artigo podem ser corrigidos por meio de correções ou retificações. Essas correções serão claramente comunicadas ao leitor, mantendo a transparência e a honestidade no registo científico.
As Boas Práticas da revista RAE incluem:
1.promoção de condutas éticas em pesquisa e publicação, e trabalha ativamente para manter a integridade da sua revista;
2.tratamento de quaisquer preocupações sobre a integridade de artigos publicados com a seriedade e a responsabilidade necessárias para garantir a confiança contínua dos/as nossos/as leitores/as e autores/as.