Publicação de Artigos
Antes de submeter o seu artigo, deve tentar responder às seguintes perguntas:
Índice:
- O manuscrito enquadra-se no âmbito da revista?
- O texto é claro, conciso e acessível?
- Dispõe de autorizações escritas para a reprodução de figuras e imagens protegidas por direitos de autor?
Estrutura:
- O tamanho do texto está de acordo com o recomendado pela Revista Lusófona de Estudos Culturais e Comunicacionais (NAUS)?
- O Formulário de Identificação inclui o nome e filiação de todos os autores?
- Está formatado de acordo com as Diretrizes para Autores/as?
- Todas as referências feitas no corpo do texto, legendas e notas estão incluídas nas suas referências bibliográficas?
- O seu manuscrito atende a todos os padrões de anonimização de acordo com a política de revisão por pares da nossa revista?
Escrever um Artigo para uma Revista Científica
A escrita de um artigo científico é o culminar de um trabalho intelectual contínuo e árduo. Às vezes os/as autores/as até têm todo o trabalho organizado, sabem o que querem abordar, têm os dados para trabalhar, mas não sabem como reportá-lo num texto coerente e organizado.
Tudo vem da vontade do/a autor/a de aprender.
A base de qualquer trabalho científico deve ser a ética. O trabalho realizado até agora deve ser reconhecido e não plagiado. Todas as críticas devem ser aceites.
A redação deve ser clara e isenta de erros gramaticais. Qualquer artigo submetido para revisão é revisto. Assim, a escrita deve ser adequada à situação. Por exemplo, se for para ser publicado numa revista científica, a metodologia deve ser abordada, os meios utilizados. Para ser apresentado num congresso ou numa revista especializada, o conteúdo e a linguagem devem ser adaptados. Em suma, a linguagem utilizada deve ser adequada ao fim a que se destina.
O artigo científico reflete todo o trabalho realizado. Todas as fases devem ser registadas, toda a documentação gerada deve ser organizada e de fácil consulta. É este registo organizado que permitirá que o artigo seja escrito de forma natural e sem perder o seu foco original.
Resumo: o resumo deve conter informações que estimulem o interesse dos/as leitores/as em lê-lo na íntegra. O resumo não serve para introduzir o tema, nem a descrição das atividades realizadas. Em vez disso, deve ser esclarecedor em si mesmo, não fazendo referências ao corpo da obra ou contendo citações ou referências bibliográficas. Devem ser evitadas abreviaturas e símbolos. O resumo deve indicar o problema, justificar porque é que é um problema e uma frase que apresente a solução para o problema e capte a atenção dos/as leitores/as. Finalmente, deve explicar como a solução é uma solução.
Introdução: numa primeira fase, deve tentar explicar a importância do tema. Em seguida, deve verificar se há algo que responda ao ponto de partida na literatura e o que existe atualmente sobre o tema. Deve-se então ver quais soluções são atualmente válidas para o problema em si. Com base nisso, deve explicar qual é a solução apresentada e, finalmente, a conclusão deve coincidir com a justificação do tema.
Corpo do Texto: no corpo do texto, deve ser descrito o problema a ser resolvido, porque é que a situação é considerada relevante e porque é que é importante resolvê-la. Em seguida, deve ser descrita a solução, ou seja, o que foi feito para resolver o problema, descrevendo a metodologia utilizada. Após a metodologia descrita, os resultados devem ser apresentados, comprovando o que foi descrito anteriormente. Deve-se verificar o que já existe e compará-lo com os resultados obtidos, mostrando a contribuição do artigo.
Conclusão: devem ser apresentadas as conclusões retiradas com o estudo. A conclusão deve responder ao tema abordado na introdução. É necessário verificar o que a literatura concluiu e o que o estudo permite concluir; se cumpre ou contesta o que já existe. Nesta etapa, devem ser apresentadas as limitações identificadas no desenvolvimento do estudo. A conclusão deve ser compreensível mesmo para aqueles que não leram o corpo da obra. Quando alguém se interessa por um artigo, lê primeiro o título, o resumo e a conclusão. Se gostarem, passam a ler o corpo da obra. Se usar algum termo na conclusão que foi usado apenas no corpo da obra, os/as leitores/as não o entenderão. Se a conclusão foi estimulante, os/as leitores/as terão interesse no corpo da obra e quererão saber como chegou a essa conclusão, se utilizou um software próprio e qual a amostra e metodologia utilizada.
O que Deve Saber e Esperar com a Revisão por Pares da NAUS
O processo de avaliação dos manuscritos submetidos à NAUS consiste em duas etapas. A primeira é uma avaliação preliminar pelo/a Editor/a-Chefe, examinando a adequação do trabalho à linha editorial da revista e fazendo a avaliação preliminar (Desk Review). A segunda parte é a própria revisão, que abrange três sistemas distintos de revisão por pares:
- Revisão por pares simples-cega: revisor anónimo/autor revelado.
- Revisão por pares dupla-cega: revisor anónimo/autor anónimo.
- Revisão por pares aberta: revisor revelado/autor revelado.
Os/As autores/as designam o modelo de revisão preferido durante ou após a submissão do manuscrito. Na ausência de uma preferência especificada, o protocolo padrão é o processo de revisão por pares dupla-cega.
O que é que os Revisores Procuram?
A avaliação considera, prioritariamente, a qualidade científica do texto, centrando-se nos seguintes aspetos:
- Contemporaneidade do tema.
- Originalidade da obra.
- Relevância e consistência teórica do texto para o desenvolvimento da área do conhecimento.
- Qualidade do referencial teórico utilizado.
- Qualidade da escrita e organização do texto.
- Contribuição do trabalho para o conhecimento administrativo e/ou ação administrativa nas organizações.
- Metodologia utilizada: propriedade, qualidade, nível de sofisticação.
- Qualidade da análise e discussão dos dados (se aplicável).
- Conclusões: realização, fundamento e consistência.